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Na maioria dos casos, a perda de audição súbita não está associada à surdez súbita, mas sim a causas mais comuns e facilmente tratáveis, como acúmulo de cera no ouvido. No entanto, é crucial realizar um exame físico detalhado para descartar essas causas mais simples. Se o exame físico não revelar nenhuma alteração óbvia, como um bloqueio de cera, é necessário agir com rapidez para tentar recuperar a audição.
A surdez súbita, também conhecida como perda auditiva neurossensorial súbita, é uma emergência médica. O tratamento geralmente inclui o uso de medicamentos, como corticosteroides, que ajudam a reduzir a inflamação e o inchaço nos nervos auditivos. Além disso, audiometrias seriadas são realizadas para monitorar constantemente a resposta do paciente ao tratamento. Estes exames nos permitem avaliar a evolução da perda auditiva e ajustar o tratamento conforme necessário.
Mas como funciona a nossa audição?
A audição é um processo complexo e fascinante que envolve várias etapas e partes do ouvido, que trabalham em conjunto para nos permitir interpretar os sons ao nosso redor. Vou explicar como funciona a nossa audição em uma sequência de etapas:
1. Captação do som: Tudo começa quando as ondas sonoras atingem a orelha externa, que é composta pelo pavilhão auricular (ou orelha) e o canal auditivo. O formato da orelha ajuda a coletar e direcionar as ondas sonoras para dentro do canal auditivo.
2. Transmissão até a membrana timpânica: As ondas sonoras viajam pelo canal auditivo até atingirem a membrana timpânica (ou tímpano). A membrana timpânica é uma fina camada que vibra quando é atingida pelas ondas sonoras.
3. Conversão das ondas sonoras em vibrações mecânicas: As vibrações da membrana timpânica são transmitidas para os três pequenos ossos localizados na orelha média, conhecidos como martelo, bigorna e estribo. Estes ossos funcionam como uma alavanca, ampliando e transmitindo as vibrações para a orelha interna.
4. Transmissão para a orelha interna: As vibrações chegam à orelha interna, especificamente ao órgão chamado cóclea, que é preenchido com líquido e revestido internamente por células ciliadas.
5. Conversão em sinais elétricos: Na cóclea, as vibrações mecânicas são transformadas em sinais elétricos pelas células ciliadas. Essas células são responsáveis pela transdução das vibrações sonoras em impulsos elétricos que podem ser interpretados pelo cérebro.
6. Transmissão ao cérebro: Os impulsos elétricos são enviados ao cérebro através do nervo auditivo. O cérebro então processa esses sinais, permitindo-nos perceber e interpretar os sons como música, fala, ruídos, entre outros.
7. Processamento cerebral: O córtex auditivo no cérebro é a parte que interpreta e dá significado aos sons, permitindo-nos reconhecer diferentes tipos de sons e de onde eles vêm.
É vital enfatizar que quanto mais rápido iniciarmos o tratamento após a ocorrência da perda súbita de audição, maiores são as chances de recuperação da audição. O tempo é um fator crucial neste cenário. Um atraso no tratamento pode diminuir significativamente a probabilidade de uma recuperação total da audição.
Saiba mais sobre a perda de audição, neste link.