O
teste olfatório
, apesar de não ser comum no dia a dia do consultório, é uma arma poderosa para avaliarmos o grau de perda ou de diminuição desse sentido e também a evolução do problema.Seguindo o protocolo disponibilizado pelos autores na validação do Teste de Connecticut para o público brasileiro, é possível realizar o
teste do olfato
em São Paulo tanto de maneira qualitativa quanto quantitativa.É um teste sem qualquer tipo de risco ou maiores desconfortos para o paciente, em que são apresentados diversos materiais diferentes para identificação por meio do olfato. Realizo diretamente na consultar e o resultado posso utilizar de maneira comparativa no decorrer do tempo e dos sintomas.
Como é o teste? O teste olfatório é dividido em duas partes. Na parte Qualitativa, diversos odores são apresentados ao paciente para tentar discriminar os diferentes cheiros, em um tubo de ensaio vedado em que o paciente não consegue saber o que está dentro.
E no teste Quantitativo, faz-se uma diluição de uma substância química que não é tóxica, evidentemente, e de acordo com a diluição dessa substância, percebe-se que o olfato está normal, pouco comprometido ou muito comprometido.
O teste demanda um pouco de tempo porque são diferentes odores, mas é um teste bem interessante de ser feito, principalmente nos seguintes casos:
1. Pacientes que tiveram perda de olfato por conta do vírus;
2. Pacientes que vão realizar ou quem já fez uma cirurgia nasal; e
3. Quem está com dificuldade de olfato.
Esclarecendo dúvidas Vale a pena fazer o teste? No que o teste olfatório vai me ajudar? Quais os tratamentos para a perda de olfato?
O teste de olfato ajuda a quantificar a perda olfatória que a pessoa tem. Às vezes, a pessoa acha que perdeu totalmente o olfato, mas não é bem assim. Com o teste na parte quantitativa, o otorrino particular consegue medir o progresso.
Por que é importante fazer o teste? Porque muitas pessoas vão voltar com o olfato de uma maneira espontânea, mas outras pessoas vão precisar de tratamento.
O tratamento da perda do olfato pode ser com o uso de medicamentos específicos e vitaminas. Se a pessoa tem problemas nasais associados, o uso de medicamentos nasais pode ser associado.
Com o teste, consigo comparar a evolução do olfato, e isso traz um pouco de tranquilidade ao paciente, no sentido de que está melhorando.
Exemplo: Tive o vírus há mais de 15 dias, não sinto nada. Realizo o teste olfatório e quantifico. Passou um mês e no segundo teste continua não sentindo nada, inicia-se a medicação. Cada caso é avaliado, o que incomoda, o que se tem para fazer.
O teste do olfato auxilia na programação da Terapia Olfatória.
Teste olfatório: Connecticut Chemosensory Clinical Research Center (CCCRC) Validado para o Brasil. Autores: Miyake M, Fenolio G, Valera F, Fantucci M, Tamashiro E, Anselmo-Lima, W (Fenolio et al submetido para publicação)