especialista em perda auditiva infantil
, não há tempo a perder quando se trata de deficiência auditiva infantil.Em crianças, as vias auditivas que ligam a orelha ao cérebro estão em franco desenvolvimento após o nascimento, principalmente nos dois primeiros anos de vida. Como
especialista deficiência auditiva infantil
, o diagnóstico precoce é essencial para um tratamento de sucesso.A estimativa atual é de que 3 em cada 1.000 nascidos vivos apresentem algum grau de deficiência auditiva. Com a implementação do teste da orelhinha, muitas crianças passaram a se beneficiar de uma investigação precoce, mas vale lembrar que o teste da orelhinha (Emissão Otoacústica) não é um exame diagnóstico – ele serve como uma triagem das crianças que necessitam de uma investigação detalhada.
Por se tratar de um exame de triagem, a investigação pode concluir que a criança tem o sistema auditivo normal e não há motivo para maiores preocupações. Entretanto, como
otorrino deficiência auditiva infantil
faço uma ressalva: não há parâmetro melhor que a queixa da família. Mesmo aquelas crianças que passaram no teste da orelhinha merecem uma investigação detalhada se a família tem dúvidas sobre a audição da criança.Quando devo desconfiar que meu filho não ouve bem?
Desde o útero, a audição já está presente na vida da criança. Para cada fase do desenvolvimento há marcos específicos relacionados à maturação da via auditiva. Bebês devem reagir a sons mais fortes como batida de porta e à voz da mãe.
Com o desenvolvimento, precisam responder ao chamado, “brincar de conversar”, ou seja, quando o cuidador fala, o bebê espera a pessoa terminar para “responder”. Por volta dos 12 meses, deve ser dita a primeira palavra. Na menor dúvida sobre o desenvolvimento auditivo, é fundamental realizar uma avaliação pois o tratamento precoce faz toda a diferença na vida de uma criança que não escuta bem.
Exames para diagnosticar a deficiência auditiva infantil A avaliação no consultório da especialista deficiência auditiva infantil deve compreender todo o histórico da criança, seus antecedentes familiares, o exame físico da orelha (otoscopia) e, a depender de cada caso e da idade da criança, a solicitação de exames complementares conforme a Dra Milene Bissoli cita abaixo.
Bebês até os 6 meses são avaliados com exames eletrofisiológicos extremamente detalhados. Conforme a criança cresce e é capaz de interagir com o examinador, testes comportamentais já são indicados (isoladamente ou como complementação ao exame eletrofisiológico).
Por volta dos 2 a 3 anos, a maioria das crianças já consegue realizar uma audiometria, que é considerado o exame padrão para avaliação da audição.
O tratamento da deficiência auditiva infantil também precisa ser individualizado, a depender da etiologia do problema.
Tratamentos Toda perda auditiva merece tratamento precoce com um especialista em perda auditiva infantil. Para cada tipo de perda há um melhor tratamento.
Vamos começar por uma, que é muito frequente no consultório, que é a perda auditiva condutiva por conta de catarro no ouvido. Que é a otite média com efusão, otite média cerosa. Nesses casos, o tratamento é a colocação de um tubo de ventilação. Está associado ou não a cirurgia de adenoide, a depender do caso.
Perda auditiva ativa por conta de malformação, pode ser do tipo condutiva ou do tipo neuro sensorial, ou até mesmo mista. A criança pode nascer com uma malformação na cadeia circular, ou seja, nos ossinhos que compõem o sistema de amplificação sonora. Pode ser também uma malformação na cóclea ou ela pode nascer com uma malformação no nervo auditivo.
Quando o problema é uma malformação nos ossinhos, existem alguns tipos de cirurgia que podem ser realizadas, mas como regra, na infância, acabamos optando por colocar um aparelho auditivo e esperar a evolução dessa perda. Esperar a criança estar maior para você fazer uma reconstrução.
Quando a criança nasce com uma malformação na cóclea, o tratamento é o aparelho auditivo ou o implante coclear. Pensamos em fazer a intervenção mais precocemente. Por isso, a importância do teste da orelhinha no bebê. Fazemos o diagnóstico precoce, colocamos o aparelho precocemente e caso o aparelho não dê resultado, passamos para o implante coclear.
Quando a criança tem uma malformação no nervo coclear, ou seja, tem uma ausência de nervo coclear, acabamos seguindo esses passos. Mas já imaginando que o aparelho não vai ser tão efetivo nem o implante coclear, dependendo do caso, se for bilateral, pode-se fazer uma cirurgia mais complexa, que seria um implante de tronco cerebral.
Minha formação como otorrinolaringologista com formação voltada para o atendimento e diagnóstico precoce da deficiência auditiva: fui membro acadêmico e médica discutidora da Liga de Prevenção e Combate à Surdez do Hospital das Clínicas, durante residência médica participei do programa de triagem de crianças de risco para deficiência auditiva no berçário do HCFMUSP e, em doutorado, estudei mecanismos biomoleculares e celulares da orelha interna.
Agende consulta nos bairros de Perdizes ou Higienópolis, em São Paulo.