Entrei na Faculdade de Medicina da USP em 2001, sonhando em estudar neurologia. Durante os seis anos de graduação, fui me encantando com diversas áreas e acabei optando por cursar os três anos de residência médica em otorrinolaringologia.
Já cursando a especialização, prosseguindo no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, fui me interessando cada vez mais pelo estudo das causas e das consequências das perdas auditivas.
Concluí a residência e tive a felicidade de ser preceptora dos alunos da graduação durante um ano, fiz também meu primeiro estágio no exterior, no Eye and Ear Hospital, ligado à Universidade de Harvard em Boston, nos Estados Unidos.
Após esse período de grande aprendizagem no convívio direto com os alunos e com os pacientes, decidi me dedicar à pesquisa básica, ingressando no doutorado com a intenção de pesquisar células-tronco e suas relações com a surdez.
Dessa vez fui à Inglaterra, integrar o laboratório do Center for Stem Cell Biology da Universidade de Sheffield. Voltei ao Brasil para mais de dois anos de pesquisa até apresentar minha tese de doutorado ‘Evidências de células-tronco na cóclea humana adulta: formação de esferas e presença do marcador de células-tronco ABCG2’. Defendi minha tese grávida do meu segundo filho e neste momento decidi que era o momento de retomar o sonho da neurociência.