especialista em surdez
pode ser essencial para impedir a evolução e o agravamento do problema.Durante uma avaliação de um paciente com queixa de perda auditiva, como
médico para surdez São Paulo
, questiono todo o histórico do problema e procuro identificar em qual região do aparelho auditivo se encontra a causa da diminuição da audição, se na orelha externa, média ou interna. Neste vídeo, falo sobre o tema.Muitas vezes, o exame da orelha é inespecífico e são solicitados exames complementares. A interpretação desses exames geralmente é realizada num retorno de consulta, dedicado à explicação do diagnóstico e orientação sobre as melhores possibilidades de tratamento disponíveis.
Dentre as causas mais frequentes de perda auditiva em adultos e idosos se encontra a Presbiacusia ou perda auditiva relacionada ao envelhecimento. Com o aumento da expectativa de vida, aumenta também a chance de se apresentar esse sintoma: as estimativas atuais são de 30% da população acima de 65 anos e podem passar dos 80% na população com mais de 85 anos de idade.
A perda auditiva agrava problemas já comuns no idoso, como o isolamento e a depressão e, além disso, foi identificada pelo jornal médico “The Lancet” como uma das 9 causas modificáveis de demência.
Como
otorrino especialista surdez
, fui pesquisadora na Universidade de Sheffield, no Reino Unido, buscando novos tratamentos para casos de perda auditiva. Já apresentei diversas palestras em congressos nacionais e internacionais sobre o tema. Também sou membro acadêmico e médica discutidora da Liga de Prevenção e Combate à Surdez, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.Demência e Perda Auditiva na Terceira Idade Você sabia que a surdez é a principal causa modificável de declínio cognitivo na terceira idade?
Quando fala-se de demência, usa-se um termo bem amplo para um declínio cognitivo progressivo entre aspas, decorrente da idade. Por que entre aspas? Sabe-se que com o decorrer do tempo o cérebro vai diminuindo a capacidade de aprendizado de retenção, de memória. Mas isso não acontece igual para todo mundo.
Os cientistas estudaram quais seriam os fatores que podem influenciar no desempenho cognitivo, quando se fala da pessoa que viveu de 60 a 100 anos. Vamos lembrar que a expectativa de vida vem aumentando muito nos últimos anos.
Quando atendo uma pessoa de 60 anos, digo para ela que viverá no mínimo mais 30 anos. Agora, como você quer chegar nessa idade? Como seu cérebro quer estar no final da vida? A idéia é falar um pouco dos fatores que influenciarão o desempenho do cérebro e o que o otorrinolaringologista pode ajudar a população a viver com qualidade de vida.
Tem uma publicação que estudou várias pessoas por muitos anos e mostrou que de todos os fatores de risco que que podem impactar o desempenho cognitivo na velhice, a perda auditiva é o fator isolado que mais faz diferença.
Agora, por que isso acontece? Porque o nosso cérebro é conexão. Quando temos sintomas de surdez, algumas áreas do cérebro começam a se conectar menos, porque elas são menos acessadas, e se perde audição em uma determinada frequência, uma perda auditiva leve, que não traz uma repercussão importante naquele dia a dia da pessoa, de 40 a 50 anos.
Só que essa região do cérebro vai ficando menos conectada que as demais, porque recebe menos informação. E aí, o que acontece? Vai passando o tempo e essas conexões vão se perdendo e a pessoa começa a ter dificuldade de compreensão da fala.
Quais os fatores que posso modificar hoje para um bom funcionamento do cérebro quando envelhecer?
O primeira ponto é quanto mais estudamos e aprendemos, mais o cérebro se mantem ativo. Então, como especialista em surdez, reforço que é sempre momento de aprender.
O segundo é ter um estilo de vida saudável, praticar atividade física, balancear a alimentação e principalmente evitar o consumo em excesso do álcool. Também é importante evitar atividades que possam levar a trauma cerebral, como atividades de luta, que é um fator que interfere no tratamento cognitivo ao longo prazo. Cuidar de doenças clínicas, com hipertensão, diabetes, obesidade, depressão, tudo isso vai influenciar no funcionamento do cérebro, não só hoje, mas daqui há quarenta, sessenta anos.
Um outro fator que não é tão simples nas grandes cidades, é a poluição. Já o tabagismo, além de todos os riscos, vai prejudicar o funcionamento do cérebro na terceira idade. Ter um grupo de convívio social, seja familiar ou de amigos, faz com que o cérebro envelheça melhor.
Pensamos em surdez e perda auditiva como tudo ou nada. Alguns pacientes dizem, mas eu escuto, eu não estou surdo, não estou com perda auditiva, quando na verdade, um jeito legal de entender, é somar as notas do piano com o volume da TV e do celular. Para cada nota musical, para cada frequência, temos uma percepção desse som em um volume diferente. As notas mais agudas, a pessoa escuta mal, enquanto as notas mais graves, ela escuta bem.
Então, o volume para cada uma dessas notas é diferente, aí a pessoa fala, eu escuto, só não entendo direito. Muitas vezes, isso acontece porque tem uma perda auditiva nos agudos, mas ela consegue escutar a fala muito bem, consegue escutar o barulho do carro, o barulho do caminhão, barulho de uma obra, mas na hora que chega a discriminação fina, do S e do Z, ela perdeu isso.
Em uma conversa em um ambiente mais ruidoso, na sala de reunião, na videoconferência, que você está lá no computador, e tem pessoas falando ao redor, aí você pode não entender direito. Isso é um sinal de que precisa buscar uma avaliação otorrinolaringológica e se houver algum grau de perda, não há tempo a perder.
O cérebro precisa ser estimulado, quanto menos tempo aquela região do cérebro que percebe a audição, ficar sem estímulo, é muito melhor no longo prazo.
Agende sua consulta com a especialista em surdez nos bairros de Perdizes e Higienópolis, em São Paulo.