especialista Atraso na fala
, é importante lembrar que cada criança tem o seu próprio ritmo e tempo de desenvolvimento.Um bebê que não demonstra interesse em imitar os adultos, ou uma criança que aos 18 meses ainda não proferiu uma única palavra, deve ser avaliada de forma mais detalhada e especializada. A plasticidade neuronal é mais intensa até os dois anos de idade e, por isso, intervenções precoces podem ser determinantes para alterar o prognóstico de qualquer distúrbio da linguagem.
Entre 0 e 3 meses, os bebês começam a prestar atenção aos sons, se acalmam com a voz do cuidador e emitem alguns ruídos. Dos 3 aos 6 meses, começam a emitir sons como se estivessem conversando e passam a imitar alguns sons que escutam ao seu redor.
Baseada nos estudos mais modernos de neurociências, sugiro conversar e interagir com o bebê para o estabelecimento do vínculo e para o desenvolvimento da estratégia de comunicação nesse período de grande atividade cerebral.
No período entre 6 a 12 meses, eles começam a compreender palavras simples como “não” e “tchau”, além de iniciar a fala de palavras ou sílabas simples. Já dos 12 aos 18 meses, os pequenos são capazes de identificar partes do corpo, demonstram seus desejos apontando para o que querem e podem começar a combinar palavras simples.
Evite os excessos de jogos no celular ou de assistir televisão. Vale lembrar que para crianças abaixo de dois anos, a recomendação atual é zero tempo de tela. Brincar com lápis e papel, panelinhas, carrinhos, embalagens vazias e até ler histórias, ajudam no desenvolvimento da fala e linguagem. Para aprender a falar é preciso que alguém fale com a criança, é necessária a troca.
Se o bebê apresentar falta de interesse na comunicação, outras alterações precisam ser avaliadas: desde problemas auditivos até transtornos de comportamento e déficit cognitivo.
Entre os 18 e 24 meses, as crianças começam a juntar palavras e podem pronunciar cerca de 20 palavras diferentes.
Dos 2 aos 3 anos, os pequenos passam a formar frases de 2 a 3 palavras, respondem a perguntas com “sim” e “não”, mas a sua fala ainda pode não ser totalmente compreensível.
Como especialista Atraso na fala, se o seu filho tem dificuldades para respirar ou respira durante muito tempo pela boca, temos um sinal de alerta. O aumento (hipertrofia) de amígdalas e da adenoide podem prejudicar a musculatura responsável pela articulação dos fonemas, causando dificuldade de compreender o que a criança fala.
Até os 4 anos, a criança pode ter dificuldades com alguns sons como o “R” e encontros consonantais como “LH”. Entretanto, nessa fase, já são capazes de formar frases, relatar acontecimentos e até mesmo inventar histórias.
É sempre válido considerar que existem variações individuais no desenvolvimento da linguagem e algumas crianças podem demorar mais a começar a falar do que outras.
Dito isso, é importante desconstruir alguns mitos comuns sobre o atraso no desenvolvimento da fala. Por exemplo, a ideia de que meninas começam a falar antes dos meninos é uma crença popular, mas não vejo isso na minha prática diária como
Médico Atraso na Fala São Paulo
e também não há evidências científicas que comprovem essa afirmação de forma conclusiva.Outro mito é a ideia de que uma criança de dois anos e meio não precisa estar falando. Embora haja variações, a maioria das crianças de dois anos já deve estar combinando pelo menos duas palavras em frases simples. O desenvolvimento da linguagem é um processo contínuo e gradativo e, se estiver ocorrendo de forma saudável, seguirá uma progressão constante.
No primeiro ano de vida, o desenvolvimento motor é frequentemente valorizado como um indicador de saúde, o que inclui também o desenvolvimento e uso da musculatura orofacial. Portanto, vários sinais devem ser avaliados, não apenas a “quantidade” de palavras emitidas em cada idade.
Valorizo muito o relato dos pais e comparo com o mínimo esperado para cada idade. É fundamental interpretar corretamente a ideia de que “cada criança tem seu tempo”, para não negligenciarmos a possibilidade de um diagnóstico preciso e a necessidade de estimulação adequada em tempo hábil.
Diagnóstico O diagnóstico de um possível atraso no desenvolvimento da fala é um processo que pode demandar tempo e vários exames. Por vezes, são necessárias diversas consultas até que seja possível determinar um diagnóstico preciso.
Durante essa fase, a criança pode passar por uma série de testes que vão desde a avaliação de audição até exames mais específicos, relacionados à fala e à linguagem. O papel do
médico desenvolvimento da fala São Paulo
é fundamental para orientar a família sobre o processo e tranquilizá-los em relação às etapas necessárias para o diagnóstico.Nesse contexto, o acolhimento tanto da criança quanto da família é um diferencial importante. Momentos de incerteza e angústia são comuns durante a busca por respostas, portanto, é essencial que o médico seja capaz de oferecer um ambiente acolhedor e compreensivo. Este tipo de cuidado auxilia na mitigação do medo e da ansiedade que podem surgir nesse período, e facilita a adesão ao processo diagnóstico e, posteriormente, ao tratamento proposto.
Como médicos e cuidadores, nossa missão é garantir que cada criança alcance seu pleno potencial, respeitando seus ritmos individuais, mas sempre atentos aos sinais que possam indicar a necessidade de intervenção precoce.
Tratamentos No campo do atraso no desenvolvimento da fala, o caminho mais eficaz para o tratamento se dá por meio de uma abordagem multidisciplinar. A criança que apresenta atraso na fala precisa de um olhar minucioso e uma avaliação completa, que inclui testes auditivos, fonoterapia e, em certas circunstâncias, apoio pedagógico e psicológico não apenas para a criança, mas para toda a família.
O atraso na fala pode ser apenas uma etapa passageira dentro do processo natural de desenvolvimento, mas também pode ser um indicativo de problemas mais complexos. Por isso, é importante não procrastinar a busca por uma avaliação especializada.
Como otorrinolaringologista, especialista atraso na fala, utilizo minha experiência e conhecimento adquirido e atualizado por meio de cursos, para requisitar exames complementares e colaborar com outros profissionais no acompanhamento da criança.
Existem diferentes tratamentos para o atraso na fala em crianças, que variam de acordo com a causa subjacente. Aqui estão alguns exemplos:
Fonoterapia: Este é o tratamento padrão para a maioria dos casos de atraso na fala. Um fonoaudiólogo trabalhará com a criança para ajudá-la a melhorar suas habilidades de linguagem, articulação e comunicação.
Intervenção auditiva: Se o atraso na fala das crianças estiver relacionado a problemas auditivos, como surdez ou dificuldades de audição, o uso de aparelhos auditivos ou, em alguns casos, a cirurgia, podem ser recomendados. Como gosto de dizer nas consultas, quem não escuta bem não consegue aprender a falar bem.
Terapia ocupacional: Em alguns casos, o atraso na fala pode estar relacionado a problemas motores orais, que podem ser tratados por um terapeuta ocupacional. Este profissional pode ajudar a criança a desenvolver habilidades motoras, tais como o uso adequado da língua e dos lábios para falar.
Terapia de linguagem assistida: Em casos de atraso na fala severo ou em crianças com condições como o autismo, dispositivos de comunicação assistida podem ser utilizados para ajudar a criança a se expressar.
Terapia comportamental: Quando o atraso na fala está associado a comportamentos problemáticos ou a condições como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), a terapia comportamental, que pode incluir técnicas de modificação de comportamento, pode ser eficaz.
Acompanhamento pedagógico e psicológico: Em alguns casos, o atraso na fala pode estar relacionado a dificuldades de aprendizagem ou questões emocionais. Nesses casos, o apoio pedagógico e psicológico pode ser essencial para ajudar a criança a desenvolver suas habilidades de linguagem e lidar com qualquer ansiedade ou dificuldade emocional.
Mesmo nos casos em que o atraso na fala das crianças não é associado a uma doença ou causa específica, é crucial garantir o acompanhamento e o tratamento adequado para a criança. A habilidade de se comunicar é fundamental para que a criança possa interagir com o mundo ao seu redor, expressar suas emoções e compreender as emoções dos outros. Portanto, garantir que ela desenvolva essa habilidade da melhor maneira possível é uma parte vital de seu crescimento e desenvolvimento saudável.
