doenças das vias aéreas superiores
, são, em bom mediquês, o nariz, os seios paranasais e a faringe. As doenças agudas das vias aéreas superiores fazem parte das famosas “ites” – sinusite, faringite, laringite. Entram aí também as rinites agudas (resfriados) e as estomatites.Em adultos e idosos, essas doenças se tornam menos frequentes que nas crianças da faixa escolar, porém, algumas pessoas sofrem com esses sintomas a vida toda – e isso não deve ser considerado uma condição normal ou esperada.
As sinusites agudas são, em sua maioria, secundárias a quadros de resfriados. O termo técnico mais apropriado, no entanto, é rinossinusite uma vez que o nariz e os seios paranasais se comunicam, formando um contínuo de mucosa e secreção.
A rinossinusite é definida por seus sintomas principais de obstrução nasal e rinorreia (catarro no nariz ou na garganta), podendo se apresentar também com tosse, cefaleia (dores de cabeça) e diminuição do olfato.
Já as dores de garganta podem acontecer por acometimento de estruturas diferentes e por causas diferentes também. As estruturas da garganta que são acometidas pelas doenças mais comuns são a faringe (parede posterior da garganta) e as amígdalas (também chamadas de tonsilas palatinas). As causas de dores de garganta podem ser divididas em dois grandes grupos principais: causas inflamatórias e causas infecciosas.
As causas inflamatórias da dor de garganta são muitas e variam desde irritação pelo ar seco e poluído, secundária a tosse, secundária a obstrução nasal, sinusites, podendo ser causada até por refluxo.
Geralmente, a dor de garganta de origem inflamatória é mais crônica e o paciente tende a demorar mais para procurar o otorrino particular. O diagnóstico definitivo nem sempre é fácil e podem ser necessárias algumas consultas até o estabelecimento do melhor tratamento para aquela condição. Exames complementares como a nasofibrolaringoscopia podem ser muito úteis na investigação das causas nasais e laríngeas de dor de garganta crônica.
A dor de garganta de origem infecciosa têm duas causas principais: vírus e bactérias. A diferenciação entre essas duas causas, na maioria das vezes, é feita pela história clínica, ou seja, pelos sintomas apresentados pelos pacientes em conjunto com o exame físico que realizo durante a consulta. A presença ou ausência de alguns sintomas ajuda na hora de fechar o diagnóstico: presença de febre, presença de sintomas nasais/pulmonares associados, resfriado recente, tempo de doença.
No exame físico, é famosa a diferenciação pela presença ou não de pus – pontos brancos na mucosa da garganta. Outros sinais também me auxiliam, como por exemplo, a presença de gânglios aumentados de tamanho no pescoço, presença de secreção nasal ou na faringe.
Tanto a faringe quanto as amígdalas podem ser acometidas por doenças virais e por doenças bacterianas. Em alguns casos, podem ser necessários exames laboratoriais para diferenciar quadros bacterianos de quadros virais, os exames mais comumente solicitados são os exames de sangue (a contagem e o tipo dos glóbulos brancos – leucócitos – pode sugerir mais um quadro que outro) e os testes rápidos para detecção de antígenos bacterianos na faringe. Esses antígenos nada mais são que pedaços de bactéria – no caso do teste mais comum o estreptococo do grupo A.
Alguns fatores influenciam na acurácia do teste, os principais deles são o uso prévio de antibiótico e ingestão de água ou alimentos logo antes do exame.
Uma avaliação rápida e precisa das doenças agudas das vias aéreas superiores não precisa ser realizada necessariamente no pronto socorro. Com experiência no atendimento de urgências otorrinolaringológicas em adultos e idosos, consigo oferecer um atendimento individualizado e particular nos meus consultórios na região de Perdizes ou Higienópolis, em São Paulo.