otorrino infantil
, mãe e profissional apaixonada pela saúde infantil, sei que cuidar do ouvido, nariz e garganta das crianças é cuidar de algo muito maior: sua qualidade de vida, seu desempenho escolar, seu sono, sua comunicação e até mesmo seu bem-estar emocional.Ao longo dos meus anos de atendimento, percebo como é comum que sintomas importantes sejam confundidos com “fases” do desenvolvimento infantil. Muitas crianças que roncam à noite, respiram pela boca ou têm atrasos na fala não estão apenas passando por algo transitório. Esses sinais podem ser indícios de alterações otorrinolaringológicas que merecem atenção especializada de uma
otorrino pediatra
. E quando esses sinais não são reconhecidos a tempo, o impacto pode ser profundo — atrasos na linguagem, dificuldade de aprendizado, alterações de comportamento e até isolamento social.Atendimento no consultório Quando recebo uma criança no consultório, olho muito além da garganta inflamada ou do ouvido vermelho. Minha escuta é atenta, meu olhar é multidisciplinar e meu cuidado é individualizado. Afinal, cada pequeno paciente traz consigo uma história, um contexto familiar, uma rotina escolar e comportamentos que precisam ser compreendidos de forma integral.
É comum que problemas como otites recorrentes, perda auditiva, rinite alérgica, roncos noturnos ou dificuldades de equilíbrio passem despercebidos por muito tempo. Isso acontece porque as crianças nem sempre conseguem expressar o que sentem, e muitos dos seus sintomas aparecem de forma indireta: desatenção na escola, irritabilidade, quedas frequentes ou dificuldades na fala.
Além disso, muitas vezes os pais normalizam sintomas como ronco ou respiração bucal — acreditando que vão desaparecer com o tempo — ou associam o atraso na fala à “personalidade da criança”. Professores, sobrecarregados e sem formação específica, podem interpretar dificuldades auditivas como desatenção ou problemas comportamentais. E, nesse cenário, o diagnóstico pode atrasar meses ou até anos.
Como problemas otorrinolaringológicos afetam o desempenho escolar? Um simples acúmulo de líquido no ouvido pode causar uma perda auditiva condutiva leve — e essa perda, mesmo temporária, pode dificultar a compreensão da fala da professora, atrapalhar a alfabetização e prejudicar a socialização. Crianças que respiram mal durante a noite também têm maior chance de apresentar distúrbios do sono, o que impacta diretamente na memória, na atenção e na regulação emocional.
Estudos apontam que até 68% das crianças com dificuldades escolares apresentam alguma alteração vestibular — ou seja, relacionada ao equilíbrio. Em vez de serem identificadas como crianças que precisam de uma avaliação otorrinolaringológica, essas crianças são muitas vezes vistas apenas como “distraídas” ou “agitadas”.
Quando falamos em dificuldade na escola, a primeira coisa que vem à mente são notas baixas ou dificuldade nas provas. Mas o desempenho escolar vai muito além disso — ele envolve a capacidade da criança aprender, se concentrar, participar das atividades e atender às expectativas de aprendizado desde os primeiros anos.
É comum, por exemplo, que crianças muito agitadas, dispersas ou com dificuldade para manter o foco chamem a atenção de professores e pais. E aí entra o meu olhar como otorrino. Muitas vezes, essa criança não dorme bem — ela ronca, tem sono agitado, se mexe muito durante a noite. Esses distúrbios do sono prejudicam a qualidade do descanso e, consequentemente, afetam sua capacidade de aprendizado e atenção durante o dia.
Outro ponto crucial é a audição. A criança precisa escutar bem para aprender a falar, ler e escrever. Se há algum grau de perda auditiva, mesmo que transitória, como nos casos de otites ou catarro no ouvido médio, o cérebro recebe a informação de forma distorcida. Como ela vai distinguir os sons das palavras se elas chegam confusas? Imagine tentar aprender uma nova língua ouvindo tudo de forma embaralhada — é assim que muitas crianças enfrentam o dia a dia escolar sem que os adultos percebam.
Além disso, há os problemas de equilíbrio e labirinto. Crianças com tonturas frequentes, dificuldade postural ou de coordenação podem ter problemas com leitura, escrita e até com atividades físicas na escola. Muitas vezes, elas são encaminhadas direto para o fonoaudiólogo, psicólogo ou pedagogo, mas esquecem de investigar os órgãos dos sentidos.
Sempre lembramos de levar a criança ao oftalmologista para verificar a visão. Mas e a audição? O sono? O equilíbrio? Todos esses aspectos fazem parte do desenvolvimento integral. O otorrino pode — e deve — ser um aliado nesse processo, ajudando a garantir que seu filho tenha as condições ideais para aprender com saúde, atenção e bem-estar.
Principais queixas que merecem atenção otorrinolaringológica Alterações na audição
1. Fala muito alto ou não responde quando chamada
2. Parece “no mundo da lua”
3. Pede para repetir o que foi dito
4. Desenvolveu a fala mais tarde que o esperado
5. Apresenta dificuldade em entender instruções simples
Dificuldades respiratórias
1. Respiração bucal persistente
2. Ronca à noite ou tem pausas respiratórias durante o sono
3. Apresenta olheiras e é uma criança com dificuldade de concentração
4. Está sempre com o nariz entupido ou com secreção
5. Baba excessivamente no travesseiro
Dores e infecções recorrentes
1. Infecções de ouvido frequentes (otites)
2. Inflamações de garganta que se repetem ao longo do ano
3. Amígdalas muito grandes, com dificuldade para engolir ou demora excessiva para mastigar
4. Uso frequente de antibióticos ao longo do ano
Problemas de equilíbrio e coordenação
1. Quedas frequentes sem motivo aparente
2. Enjoos em viagens de carro ou brinquedos de parque
3. Medo de altura e insegurança em atividades físicas
4. Atraso no desenvolvimento motor
Meu papel como otorrino pediatra A minha missão, como otorrino infantil, é identificar precocemente qualquer alteração que possa comprometer o desenvolvimento global da criança. E isso vai muito além de olhar com o otoscópio. No consultório nos bairros de Perdizes ou Higienópolis, em São Paulo, como otorrino pediatra, utilizo abordagens lúdicas, acolhedoras e baseadas em evidências científicas para investigar profundamente cada caso.
Com o apoio de exames otorrinolaringológicos adaptados à idade da criança, conseguimos diagnosticar com precisão problemas como:
1. Otite média com efusão (líquido no ouvido sem infecção aparente)
2. Hipertrofia das amígdalas e adenoides (carne esponjosa)
3. Rinite alérgica persistente
4. Apneia obstrutiva do sono
5. Perda auditiva condutiva ou neurossensorial
6. Disfunção vestibular (problemas de equilíbrio)
A importância do diagnóstico precoce Estudos mostram que crianças com perda auditiva infantil leve podem apresentar até 10 vezes mais dificuldades escolares em comparação com colegas que ouvem bem. E isso não se limita à linguagem: o sono interrompido pela apneia do sono infantil, por exemplo, pode afetar o crescimento, a memória e a concentração. Já a disfunção vestibular — ainda pouco comentada — pode causar quedas frequentes e dificuldades de coordenação motora que interferem na autonomia e autoestima da criança.
Quanto mais cedo detectamos essas alterações, maior a chance de tratar com sucesso e de evitar repercussões no aprendizado, comportamento e convívio social. O olhar atento da família e o acompanhamento com um otorrino infantil fazem toda a diferença.
O papel dos pais e da escola na identificação precoce Tanto os pais quanto os professores têm um papel essencial na identificação precoce de problemas otorrinolaringológicos. Famílias devem observar mudanças no comportamento da criança, atrasos na fala, sono agitado, roncos e dificuldades na escola. Professores, por sua vez, estão em uma posição privilegiada para perceber se a criança pede para repetir instruções com frequência, se demonstra dificuldades de atenção ou se tem voz alterada.
A comunicação entre escola e família, aliada ao encaminhamento precoce para avaliação com otorrino infantil, pode transformar trajetórias e prevenir sequelas que se estenderiam para a adolescência e a vida adulta.
Quando procurar uma otorrino infantil para seu filho? 1. Se seu filho apresenta dificuldades na escola sem causa aparente
2. Se ronca ou respira pela boca constantemente
3. Se tem infecções de ouvido ou garganta frequentes
4. Se desenvolveu a fala tardiamente
5. Se parece ter desequilíbrio, tonturas ou insegurança motora
6. Se você, como mãe ou pai, sente que “algo não está certo”, mesmo que sutil
7. Se a escola mencionou comportamentos como distração, irritabilidade ou atraso na fala
8. Se há histórico familiar de perda auditiva, apneia do sono ou distúrbios respiratórios
O cuidado vai além da consulta Acredito em um cuidado que vai além do consultório. Sempre que necessário, envolvo uma equipe multidisciplinar com fonoaudiólogos, alergistas, pediatras e psicólogos para garantir um olhar completo sobre o desenvolvimento da criança. Afinal, saúde não se trata apenas de ausência de doença, mas de bem-estar em todas as dimensões da vida.
Também oriento as famílias sobre adaptações no ambiente escolar, estratégias para melhorar a qualidade do sono, cuidados com a exposição ao ruído e acompanhamento contínuo do desenvolvimento da linguagem, quando necessário.
Otorrino para atendimento de adolescentes Com os adolescentes, o cuidado também precisa ser atento e sensível. Nessa fase, surgem novas demandas: ronco persistente, sinusites recorrentes, dores de garganta crônicas, alterações vocais e até mesmo questões emocionais ligadas à autoestima por causa da voz ou da respiração. A escuta atenta e o diálogo empático são ainda mais importantes nessa etapa.
Adolescentes também sofrem com o impacto de alergias respiratórias não controladas, voz rouca crônica, distúrbios do sono e perdas auditivas progressivas — que podem estar associadas ao uso excessivo de fones de ouvido em volumes altos. Meu papel é oferecer acolhimento, diagnóstico preciso e orientações claras para essa fase tão única da vida.
Vamos cuidar juntos da saúde do seu filho? Se você observou algum desses sinais ou apenas quer garantir que está tudo bem com a saúde otorrinolaringológica do seu filho, estou aqui para ajudar. Agende uma consulta e venha conversar comigo. O diagnóstico precoce é o melhor presente que você pode oferecer para o futuro do seu filho.
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