A necessidade de aumentar o volume da televisão ou falar mais alto do que o normal pode ser um indicativo de perda auditiva. Na maioria das vezes, a pessoa que sofre de perda auditiva não percebe a mudança em sua capacidade auditiva e são as pessoas ao redor que começam a notar. Este é um dos primeiros sinais de que algo não está certo com a audição.
Embora a perda auditiva seja comumente associada ao envelhecimento, ela pode afetar pessoas de todas as idades. Pode ser resultado de fatores genéticos, exposição a ruídos altos, infecções, uso de certos medicamentos, entre outros. Importante ressaltar que a perda auditiva não é apenas um fenômeno de “tudo ou nada”; ela varia em grau, desde leve até profunda.
A perda auditiva frequentemente ocorre de maneira gradual. Muitos pacientes não percebem que estão perdendo a audição porque se adaptam inconscientemente ao aumento da dificuldade de ouvir. Isso pode incluir ler lábios ou pedir às pessoas para repetirem o que disseram.
Quando há sinal de surdez, o primeiro passo é realizar uma avaliação audiológica completa. Este exame, realizado por um fonoaudiólogo em uma cabine acusticamente isolada, mede a capacidade de ouvir sons de diferentes intensidades e frequências. A audiometria é crucial para determinar o tipo e o grau da perda auditiva.

Antes ou após a audiometria, uma consulta com um otorrino particular é essencial. Como especialista, posso avaliar se há problemas físicos que possam estar afetando a audição, como obstrução por cera ou alterações na membrana timpânica. Também é possível identificar condições como otite média ou otosclerose, que podem ser tratadas medicamente ou cirurgicamente.
Ignorar sinais de perda auditiva pode ter consequências significativas. Além de afetar a qualidade de vida e a comunicação, a perda auditiva não tratada tem sido associada a um maior risco de isolamento social, depressão e até mesmo declínio cognitivo.
Dependendo da causa e do grau da perda auditiva, o tratamento pode variar. Opções incluem uso de aparelhos auditivos, implantes cocleares e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas. Além disso, aconselhamento e terapias de reabilitação auditiva podem ser extremamente benéficos.
A prevenção é uma parte crucial do cuidado com a audição. Isso inclui evitar a exposição a ruídos altos, proteger os ouvidos em ambientes ruidosos e realizar exames auditivos regulares, especialmente se há fatores de risco para perda auditiva.
O diagnóstico precoce e o tratamento da perda auditiva são fundamentais para manter uma boa qualidade de vida. Quanto mais cedo o sinal de surdez for identificado e tratado, melhores serão as chances de resultados positivos e a manutenção da comunicação eficaz.