
Artigo em revista internacional
A publicação de uma tese de doutorado é sempre motivo de grande orgulho tanto para o aluno quanto para toda a equipe de orientadores e pesquisadores envolvidos.
Não posso deixar de citar aqui meu orientador, o Professor Ricardo Ferreira Bento, titular da cadeira de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da USP e a Dra Karina Lezirovitz, minha co-orientadora e pesquisadora do LIM-32, laboratório de investigação médica na FMUSP, onde o trabalho foi desenvolvido.
A eles e a toda equipe da pós-graduação da otorrino USP, meu muito obrigada.
Fazer pesquisa básica é um desafio enorme.
Primeiro porque durante a formação médica, pelo menos nos meus anos de faculdade era assim, a ciência básica não é vista como prioritária. Entramos na faculdade ávidos por cuidar, tratar e operar pacientes e a biologia molecular é o campo mais longe disso que se pode imaginar aos 18 anos. Mas o tempo passa, e muitas das nossas dúvidas no dia a dia com o paciente só podem ser respondidas se nos voltarmos para o funcionamento das células, para os detalhes da biologia celular e molecular. Mergulhando nesse mundo ultramicroscópico, aprendi muito.
Aprendi também o tanto que ainda não sabemos. Mas aprendi também que uma boa ideia merece ser investigada. No meu doutorado, encontrei evidências de que pode, sim, haver células capazes de se regenerar na cóclea humana adulta. Muito há para ser pesquisado a partir disso. E é assim que a ciência caminha, em pequenos passos, às vezes microscópicos. Nada depende mais do trabalho em equipe que a ciência.
O texto na íntegra está disponível em inglês: Evidence of progenitor cells in the human adult cochlea.